FELIZ DESANIVERSÁRIO!!

Quando a mãe do musiqueiro e do reizinho era pequena aprendeu com o “Chapeleiro Maluco”, aquele velho conhecido da sua amiga Alice, a moça que caiu no País das Maravilhas, que todo ano temos apenas um dia para o nosso aniversário, os outros 364 são dias de “desaniversário”. Ela adorou o conceito e até decretou que não queria mais presentes de aniversário, apenas presentes de desaniversário.
Mais tarde, contaram-lhe que desaniversário era todo dia do seu aniversário, nos meses em que não eram o do seu aniversário. Ainda assim, a mãe dos dois meninos viu que era mais vantagem ganhar presentes nos dias de desaniversário. Seriam 11 presentes por ano, no lugar de um.
Já adulta, sua mãe, a avó do musiqueiro e do reizinho, surgiu com um novo conceito, o de “messário”. Se quando completamos mais um ANO de vida fazemos ANIversário, quando completamos mais um mês de vida, comemoramos então o nosso “MESsário”, dizia a vovó.

Pois bem, hoje o rei Arthur está de messário, ou de desaniversário, como preferirem. Hoje o reizinho completa dois meses e a festa é toda nossa.

TROCANDO FIGURINHAS

Ainda tomado pelo clima da Copa do Mundo o musiqueiro anda o dia todo com seu álbum de figurinhas da copa, pra cima e pra baixo. Os álbuns de figurinhas foram muito populares nos anos de 1970, 1980, depois parece que saíram de moda. Mas agora voltaram a ser populares novamente, inclusive entre a população masculina. Os meninos adoram colecionar figurinhas de jogadores de futebol e para cada grande campeonato surge um novo álbum.
Dia desses o musiqueiro chegou da escola contando que estava com pena de um de seus coleguinhas, pois o menino não tinha nenhuma figurinha repetida. A mãe não entendeu.
Mas isso não é bom? – Perguntou.
Não, né mamãe! Se ele não tem figurinha repetida, como é que vai trocar com os amigos?
Solidário que era o menino, decidiu que a daria de presente para o colega a sua próxima figurinha repetida.
A mãe alertou que as figurinhas repetidas deveriam ser trocadas e não apenas passadas adiante. Mas o musiqueiro disse: - Preciso dar uma figurinha para o meu colega, senão como ele vai poder trocar com alguém, se não tiver nenhuma repetida?!
A mãe então entendeu que o grande barato de colecionar figurinhas não era apenas preencher o álbum, mas socializar as figurinhas. Se não houvessem figurinhas repetidas, não haveriam as trocas e isso tornaria a brincadeira muito sem graça.

BRASILEIRO

Estamos em pleno período de Copa do Mundo. Este ano o campeonato está acontecendo na África do Sul e é a primeira Copa que o Musiqueiro João (que está com 6 anos) está curtindo. Pinta os cabelos, canta o hino, vê (ou tenta) os jogos, discute sobre futebol com os amigos e coleciona figurinhas.
Mas além da Copa do Mundo há também a Escola. Dia desses o João veio para casa com tema para fazer. A ordem da tarefa era: Procure em jornais e revistas e recorte palavras que comecem com a letra “B”. A mamãe ajudou o seu filho musiqueiro com a tarefa e assim foram encontrando: bolsa, bota, bola, Brasil, Bernardo e Brasileiro.
Sempre que o tema de casa é procurar palavras para recortar e colar no caderno, a mãe pede para o musiqueiro ler as palavras que encontra e depois pergunta se ele sabe o que elas significam. Neste dia não foi diferente.
Mas quando perguntou para o filho: “Você sabe o que é ser um brasileiro?” Embalado pelo clima da Copa do Mundo, o musiqueiro respondeu: “Sei. Brasileiro é quem torce pelo Brasil”. A mãe o corrigiu, dizendo: “Não, filho, brasileiro é quem nasce no Brasil. Eu, você, o papai, o mano, somos todos brasileiros porque nascemos no Brasil”.
Mais tarde, pensando na resposta do filho, a mãe deu-se conta de que o filho estava certo, ser brasileiro é torcer pelo Brasil, sim. E isso não tem nada a ver com futebol, embora também possa.
Torcer e fazer acontecer para que nosso país (assim como nosso estado, cidade, bairro, vizinhança e tudo o que nos certa e nos constitui) dê certo é o que nos faz, de fato, BRASILEIROS. O musiqueiro já sabia isso desde pequeno.